quarta-feira, 20 de abril de 2011

Orgulho



Te chamaria, mas você não iria.

Te ligaria, mas sei que não atenderia.
Sei que poderia falar, mas você não ia escutar.
Sei que me diria, mas eu não acreditaria.
Poderia passar a noite ao meu lado, mas não me tocaria.
Poderia querer loucamente me beijar, mas não o faria.
Sei que queria, mas não poderia.
Sei que poderíamos ficar juntos, mas não vamos.
Pois separados somos o que juntos nunca seremos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Diário de Bordo


Arrumar a mala e prever o que vai usar: jogar na cama todos os produtos de beleza, metade das suas roupas (mesmo que você não use tudo na viagem é melhor prevenir do que remediar!) e aquelas sandálias que combinam com todas as roupas da mala. Depois dobrar cuidadosamente dentro da mala pra poder caber tudo. E se não couber? Ah! Senta em cima da mala e faz fechar! Preparar as músicas pra ouvir durante a viagem pra não ficar naquele tédio. De preferência um forró ou uma banda muito animada. Depois de ver e rever tudo e após duas horas, finalmente, a mala ta pronta.

Mas o desafio mesmo é conseguir colocar todas as malas de todo mundo que vai viajar dentro do porta-malas. Que falta faz um sedan nessas horas... Tudo arrumado, pé na estrada! Mas parece que o projeto Buraco 0 sofreu um pequeno desvio de dinheiro e as estradas aumentam o tempo de viagem, ainda mais quando aparece um jumento no meio dela!

Sempre tem aqueles caminhões que se acham o dono da estrada e aquelas paradas para abastecer e esticar as pernas. Aqueles homens te olhando de jeito estranho. E o banheiro?! Um luxo só! (para não dizer ao contrário)

Quanto mais perto chega do local, maior a expectativa de sair dentro daquele carro acochado e com as pernas doendo já. Mas ai você descobre que ainda faltam 28 km para chegar. Pelo menos, a vista é de parar para poder fotografar. O verde é um verdadeiro papel de parede do Windows.

A primeira pousada que você chega é ótima, mas o coroa não sabe negociar e é muito chato e mal educado. Então você vai para a concorrente que é muito boa, barata, wi-fi (afinal uma viciada não sobrevive sem) com os donos super simpáticos, ar condicionado, uma varanda gigante e café-da-manhã exclusivo. A piscina é ótima, de frente pro mar, super relaxante.

De noite, você passeia pela avenida principal, conhece os nativos, compra um ou outro presente, janta pizza e ainda pensa em comer açaí (sabe como é: você sai do mato, mas o mato não sai de você). E dia seguinte você faz toda essa putaria de novo (e de boa vontade) para poder curtir outra praia, se aventurar, sair da rotina, viver uma experiência e ter histórias para contar e poder dizer: eu vivi!